O Desafio Solar Mundial Bridgestone, ou BWSC (em inglês), é a corrida de carros solares mais conhecida no mundo todo. Ela acontece a cada dois anos na Austrália e os carros percorrem 3.021 km (1.877 Milhas) através do deserto australiano, partindo de Darwin (norte da Austrália) e chegando até Adelaide (sul da Austrália). A corrida tem o objetivo de incentivar o desenvolvimento de carros/veículos solares. A próxima corrida será no domingo, 13 de outubro de 2019.
Representando a Bélgica, a equipe Agoria Solar é uma das favoritas ao título. Eles terminaram a corrida de 2017 em 3º lugar e foram os campeões da corrida no Chile, no deserto do Atacama (Carrera Solar Atacama). Durante todo esse ano, a equipe usou toda essa experiência adquirida nas corridas para desenvolver um carro solar ainda melhor. Além disso, a equipe investiu muito tempo praticando tudo relacionado à corrida, desde entrar e sair do carro até a comunicação durante a corrida.
Dries Ketelslegers disse estar confidente. “Até agora, estamos indo muito bem. Nós aprendemos com os erros anteriores e estamos praticando em todas as áreas. O carro estava pronto antes mesmo de sairmos da Bélgica, o que não acontecia nos anos anteriores.”
Nós conversamos com Dries Ketelslegers, estrategista de corrida, e Stijn Govaers, engenheiro de dados, depois de uma semana e meia de treinos na Autrália. O BluePoint, o novo carro solar da equipe Agoria Solar, foi equipado com um sensor de inclinação da elobau esse ano (2019). Perguntamos sobre a escolha desse sensor, e é claro, sobre o progresso que eles obtiveram na fase de teste.
Stijn explica que o sensor de inclinação em um carro solar é usado para coletar dados confiáveis de medições de velocidade e assim calcular o desempenho do mesmo. O sensor de inclinação é muito importante para a conclusões das medições, pois no Chile, por exemplo, a elevada altitude acabava interferindo nas medições convencionais e na Austrália, o terreno não é totalmente plano e ainda tem a exposição ao calor excessivo do deserto. Durante a fase de desenvolvimento do carro solar anterior, os requisitos do sensor de inclinação eram: ser robusto sem ser muito pesado, com precisão de 1º e de fácil instalação. Esses requisitos levaram à escolha do sensor de inclinação N5 da elobau. O N5 tem saída de barramento CanBus e chip MEMS, que o torna ainda mais confiável e extremamente preciso. Ainda não está certo que o sensor será utilizado na próxima corrida – onde cada watt conta muito! – mas o sensor foi implementado nos 2.300 km percorridos na Bélgica e no test drive de 1.000 km Austrália, todos os dados coletados por ele foram de grande importância para a equipe.
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